Foto: Isaac Motta |
Esse é um pequeno conto para desenhar o quanto odeio atrapalhar as pessoas. Talvez você se identifique, boa leitura.
Existe uma ponte que liga a cidade onde sempre morei, Anastácio, com a nossa cidade irmã, Aquidauana. O que separa as duas é apenas um rio: o rio Aquidauana, que pode ser visto na foto acima, da ponte Roldão de Oliveira, também conhecida como Ponte Velha ou Ponte da Amizade.
Durante meu ensino médio passei pela Ponte da Amizade muitas vezes, indo ou voltando da escola Cândido Mariano, que fica em Aquidauana. E nessas idas e vindas eu usava a passarela: de madeira na época, estreita, não deixando muito espaço para duas pessoas andarem uma ao lado da outra, muito menos espaço havia para bicicletas. Havia duas passarelas, uma em cada lado da ponte. Então, se alguma bicicleta estivesse indo ou vindo em um dos lados, era necessário que a pessoa desse lado saísse da frente ou então o ciclista deveria pacientemente esperar que o pedestre terminasse de atravessar a ponte.
Um pensamento que sempre repeti para mim, desde que me entendo por gente, quase como um mantra, foi:
Não atrapalhe as pessoas
Desse modo, nunca sequer passou pela minha cabeça seguir caminhando lentamente e fazendo alguém de bicicleta esperar. pelo contrário, cuidava para que eles nem precisassem reduzir a velocidade. Ficava de ouvidos atentos ao barulho seco que as rodas das bicicletas faziam ao baterem na madeira do início da passarela, que eram um pouco mais elevadas que a calçada. Também ficava de olhos atentos a frente. Assim, se algum ciclista viesse, independente de onde, eu sairia da frente a tempo de não precisarem reduzir a velocidade.
Assim como busquei nunca atrapalhar ninguém nessa passarela, o fiz na vida. Se tem algo que me incomoda é imaginar que posso estar incomodando. E percebi que algumas pessoas andavam se incomodando com minhas opiniões e posicionamentos pessoais no meu facebook. O que eu fiz, então? Eu limpei as passarelas, dos dois lados, direito e esquerdo.
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